quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ÍNDIOS DO PARANÁ


       Existem três etnias indígenas no Paraná: Kaingang, Guarani e Xetá.
    A realidade indígena foi marcada pela violência, destruição, expulsão de suas terras, extermínio do seu povo, cultura e desagregação de sua família.
    Os índios foram expulsos de suas terras e muitos acabaram perdendo sua própria identidade como no caso os índios Xetás, que vivem nas diversas cidades desprovidas de suas terras e culturas, sobrevivem hoje como soldado militar, enfermeiro, empregada doméstica, bóia-fria e dona de casa. Alguns se casaram, formando família grande e hoje já são avós. Em Umuarama vive uma índia xetá, chamada Tiguá: em sua língua significa menina criança e na língua do homem branco ela se chama Maria Rosa do Brasil. Outros índios xetás estão espalhados pelo Estado do Paraná, como na reserva de São Jerônimo da Serra na região de Guarapuava.
    Atualmente os índios Xetás remanescentes estão organizando-se para reivindicar seus direitos usurpados.
    O governo do Paraná formou um grupo de estudo e de ação para a demonstração e devolução de uma parte da terra Xetá aos seus legítimos donos.
    Os Kaingang também se encontram disseminados pelo Paraná, falam a língua do tronco JÊ, e representam hoje a terceira etnia indígena em população no país,
    Os guaranis se encontram mais às margens do Rio Paraná. E ainda mantêm hábitos imemoriais. Fala a língua Tupi e forma atualmente a maior etnia em população do país. Hoje são 21 reservas, ocupadas por aproximadamente 9.000 índios segundo dados do IBGE.
    Dentre elas, Palmas, Mangueirinha, Rio das Cobras, Ocoy, Marrecas, Ivaí, Rio D`Areia, Faxinal, Queimadas, Mococa, Apucaraninha, Barão Antonina, São Jerônimo da Serra, Laranjinha, Pinhalzinho, Ilha da Cantiga, Guaraqueçaba, Tehoho e outras.
    A língua dos índios Xetás desapareceu junto com seu povo. Já o Kaingang e o Tupi Guarani passou a ser sistematizado nos anos setenta, e na década de 80 os índios do Paraná receberam instrumentos para traduzir suas lendas, histórias e cultura em sua própria língua.
    Destas etnias, tiramos muitas informações, o caminho a percorrer, a extração do alimento, as ervas medicinais e os artesanatos. Desses povos herdamos nomes que hoje, caracterizam cidades ruas, rios e pessoas.
    Hoje os índios do Paraná lutam para resgatar seus costumes, serem respeitados e valorizados, tentando preservar os seus jovens da descaracterização de sua cultura. A maioria vive da agricultura e venda dos artesanatos. E sonham com uma vida digna como todos os brasileiros.

HÁBITOS, USOS E COSTUMES

    Os antigos Guaranis são descritos como agricultores sedentários, embora pratiquem a caça e a coleta. Devido ao contato com os brancos e com outros grupos tribais, ocorreu a desorganização da agricultura Kaingang.
    No início do século XIX e início XXI, a caça e a coleta passaram a ser mais importantes, aparecendo também à pesca como atividade de subsistência.
    O milho era a base da agricultura e apreciavam principalmente as carnes de anta e queixada. Já os guaranis preferiam a carne do macaco, paca e capivara. Os cães eram importantes em seu convívio pelo auxílio à caça.
    Depois de mortos os animais caçados eram moqueados para se conservarem até seu consumo. Além do moquem, espécie de grelha, usavam a brasa e eram feitos buracos no chão revestido com pedras. As cinzas e brasas eram removidas e as pedras recobertas com folhas, e por cima, colocava-se a carne cuidadosamente envolta das folhas.
     Os guaranis tinham o hábito de pescar com arco e flecha.
    A pesca ainda era praticada com as mãos, em lagoas que eram drenadas, usando também para a pesca o timbó, um tipo de planta que esmagada e lavada, produzia efeito entorpecente nos peixes, que, então podiam ser apanhados.
    Retirava da natureza o pinhão que comiam. Também se alimentavam do miolo da cabeça do estipe do Gerivá (Coccus macropa) ou da palmeira Jussara (Euterpe edulis) e a raiz de uma espécie de bromélia, a Gavatá ou Camatá.
    Colhiam ainda o mel para alimentação, utilizando a cera na impermeabilização dos cestos para armazenarem o mel. Se alimentavam das crisálidas dos abelheiros, das larvas de insetos e ovos de pássaros.
    Hoje os índios vivem em casas de madeira ou tijolos, a energia elétrica e o saneamento básico já fazem parte da sua moradia, como podemos observar nas visitas às reservas. Alimenta-se como o homem branco e fizeram com que os remédios químicos e a medicina tornassem necessários para a vida indígena.

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